“O discípulo de Cristo não é uma pessoa isolada em uma
espiritualidade intimista, mas uma pessoa em comunidade para se dar aos outros.”
(discurso do Papa Francisco no Celam)
No discurso
aos bispos do Celam, o Papa Francisco disse entre outras coisas que: A Conversão Pastoral diz respeito, principalmente, às atitudes e a uma reforma
de vida. Uma mudança de atitudes é necessariamente dinâmica: “entra em
processo” e só é possível moderá-lo acompanhando-o e discernindo-o. É
importante ter sempre presente que a bússola, para não se perder nesse caminho,
é a identidade católica concebida como pertença eclesial.
Mudança de
atitudes, eis o grande desafio a ser vencido por todos nós! Sair do mar do
comodismo, do conservadorismo, do servir-se da comunidade. Avançando rumo à
maturidade da fé e do amor-serviço. Lembrando que, o que dá peso a palavra de
uma pessoa é o gesto que vem acompanhando por ela.
Também em relação ao “ discípulo missionário,” o Santo padre,
faz o seguinte alerta:
O discipulado
missionário é vocação: chamada e convite. Acontece em um “hoje”, mas “em
tensão”. Não existe o discipulado missionário estático. O discípulo missionário
não pode possuir-se a si mesmo; a sua imanência está em tensão para a
transcendência do discipulado e para a transcendência da missão. Não admite a
autorreferencialidade: ou refere-se a Jesus Cristo ou refere-se às pessoas a
quem deve levar o anúncio dele. Sujeito que se transcende. Sujeito projetado
para o encontro: o encontro com o Mestre (que nos unge discípulos) e o encontro
com os homens que esperam o anúncio. Por isso, gosto de dizer que a posição do
discípulo missionário não é uma posição de centro, mas de periferias: vive em
tensão para as periferias… incluindo as da eternidade no encontro com Jesus
Cristo. No anúncio evangélico, falar de “periferias existenciais” descentraliza
e, habitualmente, temos medo de sair do centro. O discípulo-missionário é um
descentrado: o centro é Jesus Cristo, que convoca e envia. O discípulo é
enviado para as periferias existenciais.
Vale à pena,
conferir o discurso que termina com um pedido, o de levar a serio a vocação de
servidores do povo, pois é na capacidade de servir que se exerce e se mostra a
autoridade.
Abraço fraternal, cldia
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